segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Coleção de Depoimentos

A leitura do mundo faz parte da nossa vida desde que nascemos, mas nem tudo que vivenciamos nos recordamos.
Caro leitor, este espaço será destinado aos depoimentos referentes a algumas de nossas experiências vividas com a palavra escrita.
Encante-se ou divirta-se com eles.
“Pertenço a uma família de grandes leitores, não sei se igual à Danuza Leão, mas perto.
Desde a infância sempre tive acesso a muitos livros de história e frequentemente aos domingos, durante o passeio matinal era possível a compra de gibis.
Um pouco mais velha tive contato a uma coleção de livros onde a personagem principal vivia grandes aventuras e a imaginação ia longe.
Fazendo um resgate mental ...
Lembro-me muito bem de alguns episódios da minha época de primário e ginásio. Do primário, o que ficou guardado na mente foram as cópias diárias de algumas páginas de um livro que tínhamos que fazer na época das férias. Outra lembrança é a sobre de um livro que continha linhas para a criação de histórias a partir de 2 imagens que significavam o antes e o depois. Eu gostava bastante dele!
Livros???
No ginásio tínhamos aquela lista de livros para ler e posteriormente responder a famosa ficha do livro que caia depois na prova bimestral. Apesar de não gostar muito dessa prática 3 livros foram marcantes: Poliana e seu jogo do contente, O Menino do Dedo Verde e Uma Rua como Aquela, cuja autora pude conhecer pessoalmente. Ainda participei de uma peça teatral sobre o livro. 
São muitas as lembranças sobre leitura e escrita que ficam na memória essas são somente algumas.”
Andrea Brieger
“Continuando com as lembranças...

Identifiquei-me com o depoimento do Gabriel Pensador quando ele se refere a sua dificuldade em escrever temas livres.

Pensando bem, para escrever qualquer tema temos que ter uma vivência ou um repertório e para isso temos que ler muito.

Em minhas andanças pelas escolas percebo que muitos professores não tem essa consciência e estão sempre reclamando das produções de seus alunos.
Outro fato que me lembrei foi de que às vezes nos era solicitado a realizar entrevistas e para realizá-las eu passava à tarde com o meu pai na Usina onde trabalhava entrevistando algum funcionário. As entrevistas me possibilitaram conhecer pessoas e suas visões sobre o assunto pesquisado, além de minimizar a minha timidez.”
Andrea Brieger
Agindo como professor... 

Quando me efetivei, a minha diretora solicitou-me uma lista de livros paradidáticos para que fossem comprados. Ela comprou todos.

Como eu ainda não conhecia os alunos fiquei imaginando que teria que obrigá-los a ler, mas para a minha surpresa todos quiseram um livro para ler.Tive que organizar a entrega com base na chamada para não perder o controle.
Como a escola era nova e não tinha uma biblioteca fixa, eu me tornei uma ambulante.
Até os irmãos dos meus alunos me procuravam para pegar livros.
Os paradidáticos eram de ciências e o objetivo inicial foi ler para conhecer, para se divertir.
Foi muito bom!!!
Andrea Brieger

Em relação ao contado com a leitura na escola foi muito interessante, pois quando entrei na escola eu já estava praticamente alfabetizada, pois não pude fazer a pré-escola, mas tive o incentivo da minha avó e da minha tia que era educadora e me ajudou muito.
No entanto me recordo bem que a leitura na minha época era muito valorizada, pois sempre tinha um dia na semana que fazíamos uma roda de leitura, onde a professora lia as histórias para nós e depois perguntava sobre a leitura feita e muitos dos alunos não viam a hora de ouvir aquelas histórias maravilhosas que faziam com que viajássemos sem sair do lugar.
Assim levo sempre essa experiência comigo e digo sempre, tento fazer com meus alunos o que eu gostaria que fizesse comigo, pois tive maravilhosos professores e sei que muitos foram essencial e muito importante na minha vida, por isso acredito que nós devemos se preocupar muito com a imagem que passamos aos nossos educandos.

Angela Maria

Acredito que a leitura, em suas variadas formas, enriquece o ser humano. A leitura, como diz Newton mesquita, consegue transportar o leitor a diferentes países, lugares, além de fazer com que o leitor absorva a história do personagem, sua vida, consiga sentir suas emoções. A literatura é um mundo fascinante e deve ser incentivado e iniciado desde os primeiros anos de vida de cada um. É preciso que as crianças tenham contato com livros, que os pais desde cedo incentivem a leitura, contem histórias para seus filhos, dando às crianças a possibilidade de crescimento e transformação gradativos.
Sabe-se que a leitura não é importante apenas no âmbito profissional. É necessária, também, para ampliar a participação social e consolidar o exercício da cidadania. Tem-se que uma das finalidades principais da escola é formar alunos capazes de exercer a sua cidadania, compreendendo criticamente as realidades sociais e nelas agindo, efetivamente. Para tanto, coloca-se como fundamental a construção da proficiência leitora desse aluno. Dessa forma, a escola possui papel imprescindível no que tange ao auxílio ao aluno de uma formação que o permita fazer uma análise e compreensão críticas sobre as realidades sociais. E isso é possibilitado ao aluno através da leitura.
Com o hábito da leitura, o aluno torna-se um leitor competente, que é capaz de usar a linguagem escrita efetivamente, utilizando-se de estratégias e procedimentos de leitura característicos das relações sociais das quais está inserido.
Em minha atuação como professor, recentemente participei de um projeto denominado "Jornal da sala de aula", que foi desenvolvido de forma contínua e semanal durante o ano letivo de 2011. Pretendia-se agregar o proposto no Plano de Ensino dos professores das diversas disciplinas. Com a distribuição semanal de alguns jornais de renome para os alunos, objetivava-se orientar a leitura de matérias selecionadas e promover, quando necessário, outras leituras para o aprofundamento do conteúdo abordado a fim de viabilizar o debate e, em seqüência, a produção de texto e a (re)leitura da realidade em que vivem os estudantes e a comunidade em que estão inseridos.
A comunidade escolar (pais dos estudantes), ao ser instigada a opinar e debater determinados temas, também foi contemplada no objetivo do projeto de contribuir para a democratização da informação onde trabalhou-se seu acesso e pluralidade como direito cidadão fundamental à construção do conhecimento, tomada de decisão, autonomia e exercício pleno da cidadania, bem como o estímulo à defesa dos direitos humanos e dos valores da democracia representativa.
Além disso, o uso do jornal em sala de aula ajudou a educar os leitores, para que eles não apenas soubessem como ler jornais, mas como fazê-lo analítica e criticamente, extraindo deste meio de comunicação toda a informação importante sobre a qual poderia basear suas decisões.
Em relação ao "Projeto Poetar", da nobre colega Maria Adriana Silva Moncinhatto, estou plenamente de acordo. Acredito que o incentivo à leitura deve ser iniciado já nos primeiros anos de idade, começando por gibis, fábulas e outras histórias, fazendo com que a criança desenvolva não só a capacidade de leitura, mas também a de ouvinte que reflete e interpreta a história, vivendo ela como se o personagem fosse.
A leitura infantil pode ser subdivida. Recomenda-se para as crianças de 2 a 4 anos a leitura de livros com frases simples, com imagens coloridas e chamativas. Para as crianças de 4 a 6 anos, as histórias em quadrinhos, com maior grupo de palavras, é interessante. Para as de 7 a 10 anos, é recomendada a leitura com menos cores e imagens, onde o texto se apresente mais explicativo, pois já foi iniciada a fase da racionalização.
Em relação à literatura juvenil, é recomendado livros que abordem temais de interesse adolescente; os personagens, especialmente os protagonistas, apresentem a mesma faixa etária dos leitores. Aqui é interessante citar uma autora que vem se tornando muito famosa por conta de sua literatura voltada para o público infanto-juvenil, a Thalita Rebouças.

Alcinei



Um comentário:

Carla disse...

Depoimento de leitura

Fui criada em uma família que não era leitora, mas na escola com ajuda de meus professores, desenvolvi o gosto e curiosidade pela leitura. Inclusive trago para a minha sala de aula as práticas que deram certo em minha caminhada escolar. E muitas delas revivo com satisfação. Portanto, como percebi que o professor é fundamental no estímulo e consciência de como é bom ler e através dela conhecer um mundo novo, tento fazer o mesmo para meus educandos.